Tendências sempre fizeram parte do dia a dia de profissionais de marketing. Por isso, essa é por natureza uma área que exige das pessoas dinamismo e flexibilidade para se manter atualizadas nas últimas notícias, avaliar seu uso e adotá-lo ou entender que não se encaixa com a estratégia desenhada.
O ponto-chave, no entanto, está justamente no olhar aguçado para avaliar rapidamente uma tendência em crescimento já pensando em sua usabilidade depois que o "boom" passar.
Por isso, o ideal é responder algumas perguntas como:
- De qual maneira essa tendência irá mudar ou aprimorar minha área?
- Como ela se alinha com os objetivos de negócio da empresa?
Ao analisar as tendências e seus contextos, é possível identificar quais estratégias terão maior impacto e assim direcionar melhor o caminho da inovação.
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Estratégias vs Táticas de Marketing
Com origem do campo militar, estratégia e tática são terminologias que foram adaptadas e introduzidas para diversas situações de negócios.
Uma estratégia é um plano de ação que visa atingir um objetivo final, geralmente representa metas de longo prazo e a maneira que espera-se alcançá-las.
Já a tática é o plano de ação que direciona onde você quer chegar, basicamente é ela quem indicará as ações específicas que as pessoas precisarão tomar para chegar a esse destino.
Pense, por exemplo, em Game Of Thrones (sem a última temporada, claro). Cersei tinha como principal objetivo conquistar Westeros e restaurar a dinastia de sua família no poder do trono de ferro, além de ocupar ela mesma o trono. Para isso, sua estratégia consistia em acumular força através de alianças temporárias e eliminar associados da Daenerys.
No mundo real há bem menos fogo, dragões e white walkers, mas podemos entender como esses dois conceitos são complementares. A estratégia irá direcionar o que busca-se alcançar, já a tática é como isso será feito.
Quatro maneiras de potencializar as tendências de marketing
As tendências de marketing muitas vezes refletem mudanças na tecnologia e na maneira como os consumidores interagem com as empresas. Ao estar ciente dessas tendências, você pode adotar novas tecnologias e canais de marketing que ajudam a manter sua empresa relevante e na vanguarda do mercado.
Não sabe por onde começar? Explore quatro estratégias que apoiam o estabelecimento de novas abordagens em empresas B2B.
1. Estabelecimento da Inteligência Artificial
A presença da Inteligência Artificial em nosso dia a dia não é novidade. Essa tecnologia já vem sendo usada para automatizar experiências, monitorar comportamentos online e entregar conteúdos com base nas preferências de um usuário.
Com o lançamento do Chat GPT, a corrida pelo aprimoramento de outras AI conversacionais começou, além do surgimento de ferramentas para todos os tipos de objetivos. A IA se tornou o termo do momento, sendo utilizadas para a:
- Produção de conteúdo;
- Criação de peças de design;
- Automatização de processos rotineiros;
- Organização de dados;
- Programação;
- Entre outras aplicações.
O que torna a Inteligência Artificial algo que não deve ficar de fora dos radares dos profissionais de marketing. Todavia, ao mesmo tempo que é importante não perder o timing, também é valioso entender o papel da IA em um contexto maior e a longo prazo.
Há ainda muitos pontos a serem debatidos, desde a proteção de dados, confiabilidade, questões éticas.
2. Personalização será combustível do engajamento
Vinte anos atrás Bill Gates cunhou a frase: "Content is king", algo que permanece real até hoje. Com o crescimento da própria Inteligência Artificial e a popularização da produção de conteúdo, apenas criar textos não é mais o suficiente.
O que irá ditar o sucesso de uma peça de conteúdo está em como ela cria conexões e relacionamentos com o valor que ela entrega. Mesmo e principalmente no meio B2B.
Isso porque quando falamos em fechar negócios não tem como esquecer que na ponta das duas linhas há uma variável crucial: pessoas.
Uma pesquisa realizada pela Forrester Consulting identificou que entrevistados B2B possuem a expectativa de que conteúdos totalmente personalizados tendem a crescer à medida que a jornada de compra avança. Aproximadamente, 45% dos pesquisados esperam receber conteúdos personalizados ao usar o produto ou serviço contratado. Esse número fica em apenas 22% durante a fase de descobrimento.
3. Data-driven marketing deve estar na ponta das estratégias
Não é nenhuma novidade o papel que os dados possuem na rotina de um profissional, entre dezenas de abordagens, ferramentas e sistemas, é preciso, de alguma maneira, fazer com que tudo isso faça sentido.
Ou basicamente, trazer inteligência. No entanto, muitas pessoas não usam todo o seu potencial para visualizar e tomar ações altamente direcionadas.
Segundo estudo da Ascend2, quase um terço (32%) dos profissionais de marketing relatam que uma estratégia está planejada para ter dados de marketing unificados e 45% já estão operando com uma estratégia em vigor.
Iniciar um planejamento focado em extrair os melhores dos dados demanda o alinhamento de uma série de elementos, como abordagem de marketing, uso de tecnologia, quais KPIs e objetivos considerar, o prazo de análise, bem como as pessoas envolvidas.
Algumas das maneiras que uma estratégia data-driven podem aumentar a inteligência do departamento são:
- Usar a análise preditiva para criar um perfil de cliente ideal;
- Coordenar o marketing em todos os canais;
- Personalizar a experiência do cliente;
- Potencializar ações com bons resultados, identificar quais precisam ser ajustadas logo de início.
A verdade é que tão importante quanto utilizar dados e métodos preditivos é o motivo principal para usá-los, pois é esse ponto que irá influenciar os próximos passos e trazer resultados reais.
4. Criação de conteúdo continua importante, senão mais importante ainda
Quando tudo começou, com profissionais ainda descobrindo sobre o poder do conteúdo, tinha um único canal de divulgação: o blog.
Hoje em dia contamos com uma série de outros meios que podem ao mesmo tempo, expandir as possibilidades como também podem paralisar. Mas, o que não muda é o valor que move uma nova peça, a mensagem ou informação que ela traz.
No entanto, como profissionais, precisamos dedicar ainda mais tempo para entender quem está por trás da tela e a melhor forma de entregar algo que irá causar um impacto positivo.
Se podemos fazer um paralelo, Marshall McLuhan afirma que "o meio é a mensagem" para explicar como recebemos mensagens de formas diferentes dependendo de como elas são apresentadas.
O que isso significa para o marketing de conteúdo? Que entender essas particularidades atuais indicará a melhor maneira de desenvolver materiais competitivos e relevantes.
Por exemplo, uma empresa pode notar que anos atrás, whitepapers eram um formato bem recebido por um certo público, mas com as mudanças tecnológicas, contexto do setor, hábitos e rotinas, um vídeo sobre o mesmo assunto seria hoje uma escolha melhor.
O ponto aqui não é deixar de produzir conteúdo, muito pelo contrário. Com tantas pessoas produzindo informações de todas as qualidades, proporcionar uma experiência relevante e direcionada é o que faz a diferença na escolha de um cliente.
Em meio ao surgimento e debate da inclusão de novas tendências aos processos de marketing, algo não pode ser esquecido: novas outras tecnologias, abordagens e soluções surgirão. Talvez, a única constante atualmente esteja na certeza de que haverá outras inovações.
Se manter competitivo no mercado B2B exige constantes atualizações, mas mais do que isso, está no fato de construir um entendimento de quais delas são realmente vantajosas para seu negócio e como isso fortalecerá o valor que você deseja entregar para o seu público. Porque no final do dia é tudo sobre pessoas.
