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Acessibilidade e a importância de um Design Universal

11/nov/2016
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Um dos fatores mais importantes do design nos dias atuais é a capacidade de proporcionar uma boa experiência para os mais variados tipos de público que irão visitar seu site. Obviamente, isso encaixa-se entre os pilares do UX que já abordamos em outros artigos que postamos, porém muitas vezes esquecemos de um grupo muito importante: os deficientes. Hoje vamos falar sobre como criar um projeto que não exclua nenhum tipo de cliente em potencial da experiência que você pode proporcionar.

A diversidade das deficiências

Quando pensamos em necessidades especiais, imediatamente nos lembramos de deficientes visuais, auditivos ou mentais, mas uma necessidade especial pode ir muito além disso. Distúrbios considerados menores podem impactar a experiência do usuário significativamente, como daltonismo, hipersensitividade auditiva (hiperacusia), dislexia, DTAH, entre outros, podem atrapalhar a usabilidade de uma grande parcela de usuários.

Muitos têm preconceitos quanto aos números e necessidade de abranger esse público e aqui vão algumas estatísticas para desmistificar esses pensamentos.

  • 8,5% da população masculina mundial é daltônica. (Fonte: Colblindor)
  • Hiperacusia afeta pelo menos 8% das pessoas e cerca de 1% possui um grau severo de intolerância a barulho. (Fonte: O Tempo)
  • Estima-se que 1 em cada 10 pessoas seja disléxica. (Fonte: Austin Learning Solutions)
  • Já em 2011, aproximadamente 11% das crianças norte-americanas entre 4 e 17 anos foram diagnosticadas com DTAH. (Fonte: Healthline)

Design Acessível x Design Universal

Há alguns anos, falar sobre acessibilidade era um tabu, pois custava muito dinheiro, tempo e esforço para fazer uma segunda versão de um website adaptado para um público especial. Essa prática ainda é feita hoje em dia, porém com muito mais ferramentas à disposição dos criadores, tornando um processo muito menos custoso e demorado. No caso de haver a necessidade de uma dedicação especial e voltada para um público deficiente, como algum projeto social ou serviço de assistência hospitalar ou doméstica, um website adaptado é perfeitamente viável.

Mas se este não é o seu caso, uma forma de abranger esse público sem atrapalhar o seu workflow padrão é o conceito de Design Universal que vem se apresentado como a ascensão do UX e UI Design. Design Universal envolve a filosofia de “design para todos”, com escolhas e atenção a pequenos detalhes que fazem toda a diferença na vida de pessoas que precisam dessa atenção especial. A escolha certa de cores, fontes, espaçamentos, imagens e sons são a diferença entre um site incômodo e uma experiência humanizada e confortável.

Destaques marcantes

Ao utilizar CTAs, botões e outros elementos que precisem chamar a atenção é ter certeza que eles se destaquem claramente do restante do conteúdo em qualquer situação. Utilizar cores vibrantes e bem distantes umas das outras é uma forma simples de manter esse aspecto coberto sem muito esforço. Se manter a sua paleta de cores monocromática for realmente vital, você pode variar e destacar seus elementos por meio dos níveis de iluminação. Veja os exemplos abaixo.

Acessibilidade e a importância de um Design Universal

Nada de barulho

Evite a todo custo a reprodução automática de vídeos com som alto, músicas ou efeitos sonoros sem aviso prévio. Isso pode muito bem acabar com a experiência do seu usuário e fazer com que ele não queira correr o risco novamente ao visitar o seu site. Sempre torne isso uma opção, e não algo obrigatório. Se o som for vital para uma experiência completa, sinalize o usuário antes, durante o carregamento ou antes do conteúdo ser iniciado.

Textos fluídos e legíveis

Seus blocos de texto devem ser bem espaçados, com uma fonte confortável aos olhos mesmo de longe, cor neutra e contrastante com o fundo. Evite agrupar muito as linhas do seu conteúdo para evitar que as letras se embaralhem durante a leitura. Lembre-se que uma página pode ter espaço vertical praticamente infinito, então não há motivos para poupar parágrafos.

Acessibilidade e a importância de um Design Universal

Elementos para dedos

Uma preocupação constante é o tamanho de todos os elementos da página. Além da questão de visibilidade para os deficientes visuais, a acessibilidade e facilidade do uso em plataformas com telas menores, como tablets e smartphones, é vital para evitar frustrações do usuário. Não conseguir interagir com um elemento da página por ser pequeno demais ou requerer um movimento muito preciso e delicado pode ser um incômodo a qualquer um com dificuldades motoras ou dedos grandes. Uma regra de padrão recomendada por algumas fabricantes de smartphones é manter seus elementos com, no mínimo 28x28 pixels de tamanho, ou o equivalente a 1cm quadrado.

Identificações e cabeçalhos

Utilizar claramente as definições e hierarquias dos cabeçalhos é uma excelente prática de UX Design e ainda mais importante se levarmos em conta usuários com deficiências. Um usuário com dislexia tem muito mais facilidade em compreender e escanear um texto bem segmentado e repartido. Deficientes visuais que utilizam softwares de leitura de conteúdo também precisam desse tipo de organização para que a leitura seja feita corretamente e tudo fique claro para o programa.

Como começar com Design Universal

Neste artigo, foram apresentados várias formas e pontos que tornam o uso do seu website mais agradável e abrangente, cobrindo as necessidades especiais de vários grupos de usuários sem exigir conhecimentos específicos ou uma mudança drástica no workflow do desenvolvimento. Mostrar ao seu público que você se importa com o conforto e a experiência dele no seu site é uma forma de cativar sua audiência e mostrar o lado humano do seu negócio. Quer saber como começar a atrair mais público e manter a acessibilidade do seu conteúdo agradável e acessível a todos?

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