Estabelecer uma relação de confiança é um dos principais desafios de negócio. Em um mundo volátil e, muitas vezes, construído sob um castelo de cartas, um relacionamento sem uma base firme não permanece por muito tempo e pode mudar do dia para a noite.
A área do marketing é um recorte do mundo em que vivemos e quem está inserido nesse microcosmos sabe que relações construtivas são o primeiro passo para o sucesso. Nesse cenário, agências e clientes precisam equilibrar seu status quo e materializar uma ponte que permita o trânsito de ideias e ações que farão desta uma duradoura parceria.
O grupo de consultoria “The Beadford Group” frequentemente utiliza relevantes dados em seus artigos para discorrer sobre a perspectiva do mercado do marketing. Segundo eles, em 1984, a média da relação entre cliente-agência era de 7.2 anos. Uma segunda medição indicou que 13 anos depois, em 1997, a média caiu para 25%, com 5.3 anos de relacionamento apenas. E hoje essa média é menos de 3 anos.
Em termos práticos, a diminuição da média das relações entre clientes e agências aponta que não está acontecendo o alinhamento necessário para criar um vínculo duradouro entre as partes. E isso não quer dizer que apenas um lado é o responsável.
Ainda de acordo com “The Bedford Group” apenas 39% das relações de negócios geram resultados que atingem ou excedem a expectativa. Tal número mostra que há muitos pontos a serem melhorados nesta relação.
Entretanto, antes de entender o que precisa ser melhorado, precisamos compreender o papel do cliente e da agência.
Toda agência de marketing tem um objetivo principal, independentemente de seu nicho de atuação: unir pessoas que querem comprar à empresas que desejam vender, ou seja, ajudar seus clientes a venderem mais e conquistarem melhores resultados.
Pode parecer uma meta simples, mas é a complexidade dessa tarefa que apaixona e motiva diariamente os profissionais da área (nós!).
O mundo está diferente. E está diferente porque as pessoas estão diferentes. Como sociedade não somos os mesmos de 50, 30 ou até mesmo 5 anos atrás. E isso reflete na maneira com que as pessoas interagem com as marcas. O caminho entre público - marca possui muitos degraus, esquinas e obstáculos. E é aí que entra o trabalho da agência: encontrar os caminhos mais eficientes entre essas pessoas ávidas por uma empresa que responda suas questões e as empresas que querem vender (nunca podemos perder de vista) e fazer diferença real na vida dessas pessoas.
Entre algumas das responsabilidades inclui:
Antes que você imagine que estamos reduzindo o papel da agência em cinco tópicos, deixe-nos explicar. Essa pequena e enxuta lista não é tudo, dentro de cada tópico há pelo menos uma dezena de ações e responsabilidades.
Todo cliente espera que a agência chegue com uma solução final para suas demandas. É fato que nem sempre é possível entregar. Por que? Porque lidamos com pessoas. Não somente sobre nós, agências, mas as pessoas para quais queremos unir à uma empresa.
O ser humano, individualmente, responde de formas diferentes a um estímulo. Por isso, por tantas vezes entendê-los numa primeira vez não é uma tarefa possível. Ter a ajuda do cliente nessa empreitada é essencial, pois ninguém conhece (na maioria das vezes) a empresa, seu setor de atuação e seu público melhor do que o próprio cliente.
É pouco prático, da parte do cliente, esperar que a agência, mesmo com seus anos de atuação, chegue com uma solução mirabolante para que seus objetivos sejam alcançados. Pois, esse é um trabalho, uma missão conjunta.
Claro, as relações podem ser complicadas, mas não há como atingirmos uma meta comum sem um vínculo baseado em confiança e respeito. E quando falamos em respeito é além do respeito pela pessoa, mas também por seu tempo e trabalho (e, novamente, isso vale para ambos).
Dentro dessa relação agência-cliente há algumas coisas básicas que esperamos, como:
Ou seja, um completo alinhamento entre estratégia e ações a serem tomadas. O sucesso de uma relação entre agência e seus clientes não é uma receita pré-definida, ela depende de uma interação única que apenas existirá se houver confiança, uma aliança entre as pessoas que estão em busca de um objetivo único.
O ambiente do marketing é algo complexo, volátil e vasto. Diariamente precisamos estar presentes em um mundo conectado 24/7 e entender as tendências e suas aplicabilidades na vida real, além de lidar com a questão humana e econômica da área.
Seja você gerente de marketing de uma empresa ou de uma agência já deve ter percebido uma coisa: a economia atual nos implica a trabalhar mais com menos recursos - claro que cada qual com um nível distinto, mas falando amplamente essa é uma realidade de todos.
A volatilidade da economia provoca nas agências uma emergência de adaptação em seus processos devido a contas com menos budget e nas empresas para gerar receita com menos suporte. Com isso, agência e cliente precisam incorporar novas práticas à sua rotina. O que pode vir a mexer com essa relação. Mais trabalho, menos pessoal é igual a todo mundo fadigado.
Para que essa não seja uma realidade próxima, é essencial que tanto agência, quanto cliente entendam que o sucesso só é conquistado quando trabalham juntos, em parceria. Quando há cumplicidade, respeito, vontade e, principalmente, responsabilidade.
Na busca por sucesso, a cumplicidade é nossa maior aliada.