Debate: Quem deve cuidar do site da empresa? Marketing ou TI?

A curadoria de um site de empresa geralmente é protagonista de disputa ou desprezo entre equipes de Marketing e TI. Se é um sucesso ninguém quer abrir mão do mérito, mas se acontece algum problema é comum que a concorrência desapareça.

Quanto mais tecnologias, ferramentas e possibilidades a internet nos oferece, maior é a responsabilidade em cuidar do site. Ele atrai possíveis clientes, é a principal fonte de comunicação e onde as pessoas buscam informações do seu negócio.

E então surge a dúvida: quem deve ser responsável por cuidar do site, o gerente de marketing, detentor das estratégias, ou o TI, que já administra as ferramentas tecnológicas da empresa? Para chegar a uma conclusão, vamos conferir o que atualmente um site precisa ter:

Originalidade

Existem diversos serviços de produção de sites que oferecem templates prontos e muita facilidade para criar e gerenciar o site. Mesmo sem ter conhecimentos técnicos qualquer pessoa pode colocar um site no ar sem grandes complicações.

Mas em muitos casos o projeto requer particularidades e técnicas que exigem investimento em profissionais. Quanto mais personalizado, maior é o controle da empresa sobre os dados.

E seja qual for a estrutura do site, ele precisa ser original e único. Ainda que seu negócio não seja incomum e tenha muitos concorrentes, a identidade é singular. Conteúdo e identidade visual também são muito importantes para que o site seja original.

Design atrativo

De acordo com o segmento, estilo e identidade da empresa, o site deve oferecer a experiência de usuário ideal para sua buyer persona e visitantes em geral. Se a experiência não for positiva as pessoas vão abandonar o site e procurar a concorrência.

Duas vertentes do web design são utilizadas em sites profissionais: UX (user experience) e UI (user interface). O UX se preocupa com a experiência (arquitetura da informação, navegabilidade, cores, ícones, gráficos etc). Já o UI é focado na interface, estrutura e interação.  

Páginas de difícil navegação, cores e fontes que não oferecem uma boa leitura, interface não-amigável, entre outros detalhes, faz as pessoas desistirem do seu site. O design deve estar sempre atualizado.

Responsivo ou móvel

Essa característica costuma causar confusão, mas é muito simples. Um site responsivo é aquele que se adapta ao ser acessado por diferentes dispositivos. Já um site móvel é uma versão feita exclusivamente para smartphones, tablets, leitores eletrônicos, entre outros.

Seja responsivo ou móvel o site da empresa precisa estar pronto para os acessos móveis. O crescimento da navegação e compras feitas via mobile é expressivo e não deve parar.

Facilidade de compartilhamento

Na era das redes sociais é preciso facilitar o compartilhamento de artigos e conteúdo em geral do site da empresa. As pessoas querem ver e dividir e isso é ótimo para atrair novos visitantes, seguidores e ampliar o branding da marca.

Essas são apenas algumas características básicas. Definir quem deve ser responsável por garantir, no mínimo, toda essa estrutura depende ainda de outros conceitos.

O site da empresa como ferramenta de venda

O endereço na web é a principal vitrine de um negócio, mesmo que sua empresa não seja um e-commerce, onde o site é o próprio local de vendas. Por isso não há mais espaço para amadorismo na web quando o assunto é credibilidade.

Você já parou para pensar no que é necessário para um site ter uma performance impecável e ser o braço direito da sua estratégia de marketing e nas vendas? Vamos te dar alguns exemplos:

Análise de performance atual:

Análise de conversões: os CTAs (call-to-action) são fundamentais para incentivar o engajamento e aumentar as conversões. Com mais conversões você terá com o que trabalhar para otimizar e melhorar a performance do site.

Técnicas de CRO: falando em otimizar conversões, o CRO tem um potencial incrível quando se fala de desempenho de sites. Landing pages, anúncios, páginas e até nas redes sociais se pode otimizar a conversão.

Testes A/B: tecnologias vão e vem e o teste A/B segue sendo muito importante nas estratégias de marketing offline e online. Quando você realiza mudanças nas suas páginas então, é quase pecado ignorar essa análise.

É possível lançar uma nova versão de uma página e manter a antiga no ar para avaliar qual tem trazido mais conversões. Ao analisar o resultado do teste fica mais fácil compreender o comportamento dos usuários e tomar decisões.

Novos formatos de conteúdo: com uma grande enxurrada de endereços pela web e concorrentes nascendo todos os dias, o conteúdo precisa ser renovado com frequência. Sai na frente quem aposta em novos formatos, testa, analisa e se adapta às mudanças.

Ter as ferramentas certas para análises: a automação de ferramentas de marketing são precisas, efetivas e oferecem respostas rápidas quando você precisa de dados. No entanto é preciso garantir que o site tem o suporte das ferramentas certas para realizar as análises.

Otimização de palavras-chave: essencial para melhorar o rankeamento das páginas em mecanismos de busca. Após uma atenta auditoria, o site pode receber otimização nos títulos, descrições, cabeçalhos, conteúdo, URLs, arquivos de imagens.

Mas é preciso ter cuidado ao investir em SEO para aumentar a autoridade do seu site: tentar "enganar" os mecanismos de pesquisa pode provocar penalidades e trazer o efeito contrário do que você esperava.

Afinal, quem deve ser responsável pelo site da empresa?

Manter um site como um forte aliado para impulsionar as vendas e engajar visitantes, novos e antigos clientes da marca é uma combinação de tecnologia com estratégia. Como podemos ver, não depende exclusivamente de uma ou outra área.

Muitas empresas sabem fazer essa combinação e estão unindo times de TI, Business Intelligence e Marketing para obter os melhores resultados. E tem dado certo porque o conteúdo precisa do suporte tecnológico e esse não faz nada sozinho, sem estratégia de marketing.